Sempre nutri grande admiração pelo Jornalismo e seus representantes. Em meio a tantos advogados, médicos e engenheiros, tive sempre um olhar mais amigável pelos ‘loucos’, que, segundo muitos, morrerão de fome, cedo ou tarde. Talvez seja pelos pré-requisitos necessários para tornar-se um jornalista de sucesso, que, definitivamente, não são poucos. Talvez seja, apenas, por encaixar-me, propositalmente, em meio a todos os ambientes e situações enfrentados por esses verdadeiros heróis. Situações, na maioria esmagadora das vezes, complexas e pouco confortáveis, física e moralmente.
Heróis, sim; pois é por meio deles que se sabe sobre tudo, de todos; das maneiras mais ecléticas possíveis: desde o mais irreverente ao mais melancólico. Indo de Arnaldo Jabor a William Wack, do sádico e irônico ao alinhado e aliado às boas maneiras, vejo que a imparcialidade, nessa área, é algo, terminantemente, desumano para com seus componentes.
Perdoem-me todos os jornalistas, universitários, ou aspirantes aos mesmos; mas, de fato, creio que seja impossível não deixar respingar uma pitada de sal ou de açúcar próprios, tão bem representados por palavras. E digo mais: sem as particularidades dos mesmos, as verdadeiras obras primas que (re)produzem ficariam um tanto quanto insípidas. Gosto de ler, nas entrelinhas ou nem tanto, um toque de opinião própria e originalidade sobre o que se discute.
Tudo, bem; tudo bem. Depois dessa verdadeira declaração de amor pela carreira, pensará que pretendo seguir a carreira, não é? Pois bem, venho a informá-lo do seguinte: meu amor pela respectiva Profissão é digno de um casal em Bodas de Diamante. Já minha paixão pela carreira é tão estável quanto uma de adolescentes recém-chocados à vida.