terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Nada (é) demais...

Passava pela vida como quem espera por um ônibus, vindo de lugar nenhum para um nada, sem placas. Sentou nos fatos, acomodou-se inconfortavelmente no que, aparentemente, não poderia ser mudado e, assim, ficou. Ficou vendo as oportunidades de saltar dessa condução chamada Estabilidade, mas preferiu seguir o que seu título aconselhava. E, assim, foi indo. Mudar? Mas para que, oras: se mudamos hoje, mudam-nos amanhã. Para melhor, ou pior, nunca se sabe. Para que se esforçar, para alcançar algo fadado a transformações, sem garantias de absolutamente nada? Pensava dessa forma desde do dia em que conseguiu formular um raciocínio completo e justificável. Tinha razão, em alguns aspectos; medo e covardia, em outros.
Era mineiro e comia quieto.
Demais.