quarta-feira, 16 de abril de 2008

Metalingüisticamente

Confesso que já não escrevo há tempos... De fato, uma série de circunstâncias consideráveis pode vir a atrapalhar a produção literária de uma pobre ser humano (afinal, ainda não inventaram máquinas criativas suficientes para fazê-lo). Dentre elas, há as mais óbvias e conhecidas por todos, mesmo que não pratiquem tal atividade: falta de assunto ou de inspiração. Ora, reflitamos e convenhamos, assunto é uma fonte inesgotável, pra quem dele sabe fazer bom uso; e não há assunto ruim, e sim o mal analisado e abordado. Inspiração? Ok, realmente, não é encontrada em toda esquina, mas também não sofre de extinção, ainda.
O maior impedimento a um texto, bom ou apenas útil, é a passividade do autor diante dos obstáculos. Escrever verdadeiras obras literárias, quando se está a flor da pele? Fácil. Quero ver tirar coelhos do coração quando a vida nos tira até o tempo para submeter-nos aos sentimentos. Seja por uma rotina corrida, ou por um excesso de racionalismos, há fases em que as emoções parecem acanhar-se, devido a razões que até aquele que deveria sentí-las desconhece. Desesperador, para alguns, aliviante, para outros, mas comum a todos.
O que fazer?
Pois bem, se soubesse a resposta precisa, resolveria boa parte dos problemas emocionais que tanto assolam os terapeutas de plantão. Quando não nos sentimos hábeis a constituir um bom texto, por que não escrever sobre essa aparente incapabilidade? O resultado por impressionar.

E me impressionou.