terça-feira, 3 de março de 2009

Monólogo de Dois - Parte XVI

Outro dia desses, vieram me dizer que eu me apaixono demais. É mais ou menos assim: a cada semana, Priscila, você se vê, imagina, se empolga e vibra com um novo futuro-amor. Óbvio que o negócio não é tão passageiro, mas me fizeram pensar sobre os meus amores, inventados ou não. E sabe que que percebi? Que ver, imaginar, se empolgar e vibrar faz parte de mim. E não há pessoa nesse mundo que vá me fazer diferente, até porque, babe, isso é impossível.

Realmente, eu me apaixono com muita facilidade. E sabe por quê? Porque eu gosto de me sentir assim: ansiosa, esperançosa, empolgada, leve, flutuante. Feliz! Não que eu precise de outra pessoa o tempo todo pra ter felicidade, mas se sentir querendo alguém é uma das melhores sensações que eu, na minha humilde e calejada vida amorosa, já experimentei. Gosto disso mesmo. So what?

Além disso, me peguei pensando, também, se essa minha porta aberta do coração, mesmo que com muitos arranhões, pode significar que os meus sentimentos são baratos ou efêmeros demais, assim como os de uma criança pirracenta por um brinquedo na vitrine da loja. Sabe que eu cheguei a me sentir uma delas? Mas, depois de cinco minutos, me bateu a realidade (em que eu quero acreditar, pelo menos): nada nem ninguém pode julgar a durabilidade dos meus sentimentos, até porque quem os sente sou EU. Sou eu quem passa noites sem dormir, sonhando acordada. Sou eu que não consegue ficar um dia sem mandar uma mensagem babaca ou ir na página dele no orkut, só pra ter mais fontes pros meus sonhos. Sou eu que sofro. Eu que amo. Eu que quero.
(Eu, eu, eu, eu! Leonina demais, você.)

É evidente, sim, que, quanto mais tempo dura um sentimento, mais valorizado ele deve ser. Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que aqueles novos devam ser desclassificados e ignorados. Afinal, é exatamente deles que pode surgir algo a mais, mais importante, mais forte, mesmo que, por vezes, eu tenha certeza de que nada possa ser mais forte do aquilo que eu tô sentindo, naquela sementinha de amor. (Cafona. Tá ficando boa, heim?)

Já dizia Cazuzinha, meu grande amigo que não cheguei a conhecer: adoro um amor inventado. Gente, qual é o problema nisso tudo? Me diz! Valorizo tanto amores que vêm com o tempo quantos amores que vêm com a mente e a vontade de ser feliz. Tanto o faço, que, muitas vezes, arrisco amizades, dinheiro, sono e tudo mais por aquilo. Aquilo que eu não sei bem o que é, mas que me comanda e não me deixa pensar muito bem. É, quase uma criança sedenta por uma Barbie de novo. Ouço conselhos, concordo com eles, mas de nada adianta. (Sensação de que já pensei nisso antes... Estranho!)

Agora, para com esses devaneios todos e fecha o olho. Lembra? Quando a gente fecha o olho, na cama, pode sonhar acordada. Com ele. E eu não me arrependo de nenhuma noite perdida, nenhuma mensagem mandada, nem de nada. Arrependida estaria se tivesse me segurado.

4 comentários:

Anônimo disse...

"mentiras sinceras me interessam"
=)

Anônimo disse...

Priscilaaaaaaaa rainha do desertoooooooooooo! haahuaahuahahau

Anônimo disse...

será q eu disse isso tb e nao lembro???? hauahuahauhau

Anônimo disse...

"eu vou pagar a conta do analista"