terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Seja o que for

Pensando em balões, lembro-me dos rodeios inesperados que a vida nos dá. Reflito sobre amizades, e o que as faz ativas e pulsantes: conhecemos novas pessoas, com novos pensamentos e objetivos a alcançar. Tornamo-nos íntimos, próximos, semelhantes e, então, a amizade surge. Mas, afinal, o que há de se fazer para manter essa relação com o mesmo ardor de antes? Existe, de fato, alguma atitude a tomar, para evitar que as amizades se esvaiam, com o tempo?
Vejo as relações entre indivíduos da seguinte maneira: somos todos balões, com cores, tamanhos e texturas diferentes, e com laços que nos prendem e nos trazem a realidade. Ao conhecer novos, estamos comprimidos em um ambiente, um circunstância, um episódio que nos trouxe juntos. E, ao girar do globo, é como se um grande recipiente, repleto de balões distintos entre si, fosse aberto, e todos os conteúdos de outrora se espalhassem pelos ares. Aquilo que, certa vez, manteve-nos juntos, transforma-se, e nos é dada outra configuração a seguir.
Restam, portanto, apenas as verdadeiras amizades. Aquelas que foram sentimentalmente cultivadas e que, mesmo com as novas experiências pelos céus, se conservam e prolongam-se. Os verdadeiros amigos são como balões, presos a nós por seus laços e que, mesmo nos esbarrando uns ao outros, por vezes, sabemos que a conexão é mais forte do que um conflito qualquer. Com os verdadeiros companheiros de estradas, dividimos a confiança e o conforto. Dividimos o mesmo elo que, esticado por metros ou milímetros, resiste da mesma forma.
Sempre.


À minha amada revisora de textos.

2 comentários:

Marilu disse...

Nosso elo é inquebrável,José!

Querer tornar seus textos mais atraentes,por quê? De atraente,basta vc!!!!!

ueueeuhuheueheuh

Amo vc,Zé Mané!!!

Fiu disse...

eu queria fazer algum comentário, mas achei o texto tão pleno que nem me há o que dizer.

adoravel.