Uma manhã úmida, um corpo quente, travesseiros brancos.
Acordou quase enforcada pelo próprio lençol, com um braço dormente. Num impulso, ergueu seu corpo e sentou-se, fazendo as molas pularem.
Disse: “É hoje. Hoje!”
Pensou em todos os benefícios que seu ânimo matinal traria.
Reconheceu, além desses outros, os prós, contras, e o necessário para fazê-lo.
Recolheu forças pra pôr os pés sobre o frio chão adormecido.
E, depois de tanta relutância, voltou a se deitar.
Afinal, trocar a realidade por sonhos e pesadelos, às vezes, é o melhor a se fazer.
Ludicamente racional.
Um comentário:
ao menos sobrou-lhe forças pra sentar-se a cama...
penosa é a decisão entre o chão frio e o colchão. por mais "ludicamente racional" que seja abraçar morfeu, em algum momento devemos cumprir o "é hoje" dito.
é melhor dize-lo "hoje", para que não se torne "ontem".
Postar um comentário