segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Monólgo de Dois - Parte XII

Desde que eu consegui formatar o primeiro pensamento digno de ser exposto sobre a vida e seus percalços, eu sempre me achei A filósofa. Não sei se é por que eu sempre tive uma desenvoltura pra falar ou o que fosse, mas sempre gostei de filosofar mesmo sobre tudo que me envolvia. O mais engraçado era ver todos aqueles meus pensamentos serem rapidamente desmontados e destroçados por uma nova experiência que a vida me trazia. E é exatamente isso que está me acontecendo, agora.

Sabe aquela história de que a gente tem que levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima? Pois é, sempre vi total verdade nessa frase, ainda mais quando se trata do caminho percorrido nesse mundão de meus Deuses. É muito mais provável que a gente caia, tropece e se machuque do que a gente passar pela vida sempre seguindo passos constantes e ininterruptos. E essa Dona Vida adora pregar uma peça na gente, quando menos se espera.

Imaginemos a seguinte situação: você conhece um cara legal, gente fina, bonito, inteligente. Se envolve com ele. Se apaixona por ele. Passa a ver a sua vida somente ao lado daquela pessoa, ou melhor, não consegue se imaginar sem ela. E, de repente, vem a Roda Viva da vida e arrasta aquele cara legal, gente fina, bonito e inteligente pra longe de você. Falando em você, como você fica? No chão de si mesmo.

Eu confesso que eu nunca tinha passado por isso antes, mas essa experiência nova me fez ver com a maior clareza de todas que a gente tem, sim, que tentar levantar o mais rápido possível dos nossos tombos, sem tentar ficar colocando a culpa em um ou em outro. A culpa, na verdade, é da própria vida mesmo, que, afinal de contas, só faz o papel dela: sacanear a gente.

Sacanagem após sacanagem, a gente vai guardando, no peito e na memória, lembranças do ocorrido; e aquilo vai ficar marcado na gente pro resto de nossos dias, fazendo da gente o que se é, afinal de contas. Ninguém nasce e morre do mesmo jeito, até por que, ao decorrer da caminhada, passamos por várias pequenas mortes, que parecem ir lascando pedaços da gente e colocando novas peças nos lugares que deixou vazios. Tirando daqui, colocando de lá, a gente vai indo e vindo. Caindo e levantando, por mais fundos que os buracos sejam.

Isso tudo é muito bonito, né, Priscila? Muito poético e filosófico. Escreve um livro de auto-ajuda de uma vez, benzinho! Por mais verdade que essa baboseira toda possa ser, ninguém sabe como é difícil sair dos nossos próprios buracos da vida. Eu sempre dei altos conselhos pra amigas e amigos meus sobre o que fazer, como agir e como se portar diante deles, mas não sabia, mesmo, como é ruim se encontrar amarrada pelas circunstâncias da vida, e não poder fazer absolutamente NADA, a não ser continuar a andar, sem parar. Daqui a pouco, tudo se ajeita e a gente percebe que nada é, nem era, por acaso, As coisas se encaixam, né?

É?

Não sei. Não faço idéia.

3 comentários:

Anônimo disse...

até os amores estão se tornando globalizados.

Anônimo disse...

primeira visita aqui...baixooooooo-rei! hauhhahahuah.

Anônimo disse...

gente, eu to lendo os textos ao contrario da ordem cronologica, assim facilita muuuuito a interpretação das historias de priscila!!!! huahuahuahua

ps:olha um baixo fazendo comentario anonimo...tsc,tsc