(Luís F. Veríssimo)
Negligenciando a moral puritana e os bons costumes europeus, entrego-me de corpo, alma e coração às palavras e suas tão sedutoras sílabas meta fônicas, sem o menor pudor ou vergonha de fazê-lo. Deixo que use, abuse e desuse de mim, a hora que quiser, o quanto quiser. Põe-me noites em claro, tardes a dormir, ignorando qualquer compromisso ou força maior que possa existir.
As palavras e seus artefatos.
São elas, e eles, o meu gigolô interesseiro e materialista. Sem coração e prático. Aqueles que me desviam do discutível bom caminho, e põem-me na melancolia das poesias ultraRomânticas. São o que me pega desprevenido, num Domingo chuvoso, e fazem-me correr pelas linhas, feito louco, gargalhando dos cômicos e irônicos versos que, ‘Modernisticamente’, inventei.
Contudo, não tenho do que me queixar. Afinal, aceitei-me, assim, desde a primeira letra que desenhei: a partir desse momento, amarrei-me à escrita falada, e a oralidade escrita; e assim, sou feliz.
3 comentários:
Eu tô aqui lendo teu blog e pensando: tenho que "estudar" redação. Escrever mais.
Belos textos Zé!!
PS: Procura nos comentários anteriores que tem um meu perdido por aí!
Beijão!
A palavra 'intertexto' ficou gritando qd terminei d ler. Impossível n fzr um link com o post de baixo.
Eu que o diga...
Até meus bilhetinhos são alvo de suas correções!
Minha diversão! ;)
Fantástico, Zé, como sempre!
:*
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