Complicado. Essa é a melhor palavra que pode, um dia, quem sabe, conseguir chegar aos pés de tudo que passa pela minha cabeça e, por isso, quase sempre, é exatamente o que eu faço. Os meus pensamentos, muito confusos ou claros até demais, que bloqueiam novas concepções, comandam integralmente as minhas atitudes e me compõem exatamente no que eu sou. Ou acho ser. Nessa altura da vida, não posso afirmar que sou isso ou aquilo outro. Acho que seria limitar um animal que pode, se deixado por si próprio, alcançar novos territórios e, neles, dominar a si mesmo. Falando ainda em pensamentos e idéias próprias, não há como negar: muito do que nós temos em mente parte, por incrível que pareça, da mente dos outros. O convívio é que o nos molda não só ao meio social, mas também ao nosso próprio meio social, de nós conosco mesmos. Não seria louca de, hoje, agora, com essa idade, me dizer assim ou assado. Aliás, não sei nem se, um dia, daqui a muitos dias, meses e anos, eu vou poder afirmar, com total consciência e segurança: eu sou assim. E ponto. Acho que, nesse caso, seriam mais cabível três deles juntos, reticências...
É bem verdade que cada um, impreterivelmente, tem a sua essência. O seu interior maciço. Uma parte, bem interna, que não pode ser modificada ou mudada. Acredito que o máximo que ele faça é usar novas formas de se mostrar, desde uma briga no parquinho, uma puxada de cabelo no maternal, um assalto à massinha do coleguinha. Desde um “não” que recebe de alguém, um “sim” que ganha como maior vitória do mundo, um “talvez” que permite a si mesmo. Em cada período disso tudo, novas experiências nos evolvem, nas quais agimos de formas distintas, dependendo das circunstâncias que vierem anexas a elas. Mas a essência, como já fala por si mesma, é essencial, tanto pela sua indispensabilidade quando pela sua originalidade e autenticidade.
Mesmo que isso tudo seja um fato, também a outros possíveis fatos que ameaçam, de certa forma, a tal da essência. Não a ponto de poderem anulá-la, mas atrapalham os que a têm a descobri-la. Ao decorrer dos anos, nessas novas situações, ficamos na dúvida em qual caminho tomar. Pode ser uma carreira pela frente ou uma boate versus um cinema. Desde as escolhas mais bobas até as mais relevantes, por vezes, a nossa essência se esconde de nós, ou nós a escondemos de propósito. Experimentamos, então, novas coisas, no mais amplo sentido dessas cinco letras juntas, nessa ordem. De tudo pra tudo. Quando aquela nova foge ao que achávamos que seríamos, vem a total instabilidade. É como se, sem um de verdade à sua frente, olhássemos para um espelho dentro de nós mesmos e, nele, não víssemos mais aquela imagem a que estávamos acostumados.
Mais uma vez, nesse caso, há escolhas a serem feitas, embora, nem sempre, os resultados tenham sido os previstos, ao optar por esse ou aquele caminho. A vida é suja, baixa, cruel e nua. Ela, quando de bom-humor, até permite que as suas previsões de concretizem. Mas, infelizmente, ela é mais uma eterna mulher com TPM intensa: emotiva, escandalosa, extremista, determinista, indefinida, indefinitiva. A gente a dança conforme a música. A dirigir conforme a estrada. Depois de errar os passos e de sair no acostamento errado, buscando um atalho, mudamos um pouco do tom da música e passamos pra pista do lado.
Adaptando o externo ao nosso interno.
Deixando que o de fora nos complete por dentro.
É isso o ser influenciável? Sim.
É problemático um ser influenciável? Não.
Somos apenas pequenas peças num enorme jogo de tabuleiro, no mesmo espaço, mas com regras totalmente pessoais e diferentes. Temos que nos encaixar, na maioria dos casos, mesmo que a nossa tal essência seja forte como só.
Ela tem a sua potência.
Mas o mundo fora dela também é tenso. E forte. E potente.
Vai ver que é uma eterna batalha. Daquelas sem um fim, de fato, ou sem fatos. A cada esquina, a cada nova música que a vida tocar aos seus ouvidos, a cada nova estrada que surgir no seu caminho, resta parar, olhar e decidir: o que fazer aqui? Escolher pelo já feito, pelo já testado e comprovadamente garantido? Ou ir pelo não muito bem conhecido, não garantido, mas também não totalmente condenável? Dar um gabarito fechado e indiscutível a essa pergunta é como aquela que questiona quem você é. Não há como delimitar uma resposta, e, se houver, espero que não dure muito tempo. Não vale a pena da vida e nem é justo se deixar prender às correntes que ela pode oferecer.
A minha essência, nesse caso, não me deixa entregar ao seu próprio empobrecimento.
É bem verdade que cada um, impreterivelmente, tem a sua essência. O seu interior maciço. Uma parte, bem interna, que não pode ser modificada ou mudada. Acredito que o máximo que ele faça é usar novas formas de se mostrar, desde uma briga no parquinho, uma puxada de cabelo no maternal, um assalto à massinha do coleguinha. Desde um “não” que recebe de alguém, um “sim” que ganha como maior vitória do mundo, um “talvez” que permite a si mesmo. Em cada período disso tudo, novas experiências nos evolvem, nas quais agimos de formas distintas, dependendo das circunstâncias que vierem anexas a elas. Mas a essência, como já fala por si mesma, é essencial, tanto pela sua indispensabilidade quando pela sua originalidade e autenticidade.
Mesmo que isso tudo seja um fato, também a outros possíveis fatos que ameaçam, de certa forma, a tal da essência. Não a ponto de poderem anulá-la, mas atrapalham os que a têm a descobri-la. Ao decorrer dos anos, nessas novas situações, ficamos na dúvida em qual caminho tomar. Pode ser uma carreira pela frente ou uma boate versus um cinema. Desde as escolhas mais bobas até as mais relevantes, por vezes, a nossa essência se esconde de nós, ou nós a escondemos de propósito. Experimentamos, então, novas coisas, no mais amplo sentido dessas cinco letras juntas, nessa ordem. De tudo pra tudo. Quando aquela nova foge ao que achávamos que seríamos, vem a total instabilidade. É como se, sem um de verdade à sua frente, olhássemos para um espelho dentro de nós mesmos e, nele, não víssemos mais aquela imagem a que estávamos acostumados.
Mais uma vez, nesse caso, há escolhas a serem feitas, embora, nem sempre, os resultados tenham sido os previstos, ao optar por esse ou aquele caminho. A vida é suja, baixa, cruel e nua. Ela, quando de bom-humor, até permite que as suas previsões de concretizem. Mas, infelizmente, ela é mais uma eterna mulher com TPM intensa: emotiva, escandalosa, extremista, determinista, indefinida, indefinitiva. A gente a dança conforme a música. A dirigir conforme a estrada. Depois de errar os passos e de sair no acostamento errado, buscando um atalho, mudamos um pouco do tom da música e passamos pra pista do lado.
Adaptando o externo ao nosso interno.
Deixando que o de fora nos complete por dentro.
É isso o ser influenciável? Sim.
É problemático um ser influenciável? Não.
Somos apenas pequenas peças num enorme jogo de tabuleiro, no mesmo espaço, mas com regras totalmente pessoais e diferentes. Temos que nos encaixar, na maioria dos casos, mesmo que a nossa tal essência seja forte como só.
Ela tem a sua potência.
Mas o mundo fora dela também é tenso. E forte. E potente.
Vai ver que é uma eterna batalha. Daquelas sem um fim, de fato, ou sem fatos. A cada esquina, a cada nova música que a vida tocar aos seus ouvidos, a cada nova estrada que surgir no seu caminho, resta parar, olhar e decidir: o que fazer aqui? Escolher pelo já feito, pelo já testado e comprovadamente garantido? Ou ir pelo não muito bem conhecido, não garantido, mas também não totalmente condenável? Dar um gabarito fechado e indiscutível a essa pergunta é como aquela que questiona quem você é. Não há como delimitar uma resposta, e, se houver, espero que não dure muito tempo. Não vale a pena da vida e nem é justo se deixar prender às correntes que ela pode oferecer.
A minha essência, nesse caso, não me deixa entregar ao seu próprio empobrecimento.
Um comentário:
"É problemático um ser influenciável? Não."
será?
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